A freguesia de Ciladas dista aproximadamente onze quilómetros da sede de concelho, surgindo como a de maior área geográfica.
O caminho, serpenteado, deslumbra pela paisagem verdejante que justifica um percurso demorado. Pode dizer-se que aqui a ligação ao trabalho da terra é mais intensa que nas outras freguesias, predominando a agricultura como principal actividade dos habitantes locais.
Na rua principal, por entre um casario tipicamente alentejano eleva-se a Igreja de São Romão, dedicada ao santo que terá sido monge de Panóias no ano 566.
Influenciada pela arquitectura rural alentejana conta, na frontaria com remate triangular, com dois campanários emparelhados que albergam sinos de bronze.
Neste percurso é quase obrigatório passar pela extinta povoação de Ciladas – sede de freguesia –, ponto de encontro da população que vivia nos vários montes dispersos pelo campo.
A nível de artesanato, vão subsistindo ainda alguns, poucos, artesãos, em especial a nível da cestaria, da tapeçaria e dos trabalhos de costura.
É uma freguesia com o seu toque de ruralidade ainda subsistente. Embora alguns dos elementos que caracterizavam esse ambiente já se tenham perdido.
O homem ciladense em finais do século passado: “Os moradores de S. Romão, da mesma sorte que os de Ciladas, distinguem-se ainda hoje pelo uso de grandes sombreiros e suíças compridas, trajando capotes aguadeiros de burel. Quanto ao uso de calções de tripe, coletes encarnados com botões amarelos e borzequina, já se nota muita divergência por adoptarem também as calças ou pantalonas e bota branca inteiriça”.
Aqui viveram até ao século passado os condes de Bobadela, que alcançaram grande prestígio social e económico no seio da sociedade local. Eram proprietários de parte importante da freguesia.
A igreja de Nossa Senhora de Ciladas, assim conhecida até à fusão das duas antigas freguesias, encontra-se na herdade do Carvão e era até àquele acontecimento a paroquial de Ciladas. Além da capela-mor, tem dois altares colaterais, dedicados a Nossa Senhora dos Remédios e às Almas, com S. Miguel, virados para baixo.
LOCAIS A VISITAR
• Forte Do Conde
• Tiffany Agricola-Sociedade Agricola E Agro-Turistica, Lda.
• Herdade Ribeira De Borba, Ciladas, Évora
Tel:268 980 709
• Igreja de São Romão
EVENTOS ANUAIS
• Festas Tradicionais em Honra do Stº Padroeiro São Romão
ARTESANATO
A NÍVEL DE ARTESANATO, VÃO SUBSISTINDO AINDA ALGUNS, POUCOS, ARTESÃOS, EM ESPECIAL A NÍVEL DA CESTARIA, DA TAPEÇARIA E DOS TRABALHOS DE COSTURA. É UMA FREGUESIA COM O SEU TOQUE DE RURALIDADE AINDA SUBSISTENTE. EMBORA ALGUNS DOS ELEMENTOS QUE CARACTERIZAVAM ESSE AMBIENTE JÁ SE TENHAM PERDIDO. NOVAMENTE NOS SOCORREMOS DA OBRA ACIMA CITADA PARA CARACTERIZAR O HOMEM CILADENSE EM FINAIS DO SÉCULO PASSADO: “OS MORADORES DE S. ROMÃO, DA MESMA SORTE QUE OS DE CILADAS, DISTINGUEM-SE AINDA HOJE PELO USO DE GRANDES SOMBREIROS E SUÍÇAS COMPRIDAS, TRAJANDO CAPOTES AGUADEIROS DE BUREL. QUANTO AO USO DE CALÇÕES DE TRIPE, COLETES ENCARNADOS COM BOTÕES AMARELOS E BORZEQUINA, JÁ SE NOTA MUITA DIVERGÊNCIA POR ADOPTAREM TAMBÉM AS CALÇAS OU PANTALONAS E BOTA BRANCA INTEIRIÇA”. AQUI VIVERAM ATÉ AO SÉCULO PASSADO OS CONDES DE BOBADELA, QUE ALCANÇARAM GRANDE PRESTÍGIO SOCIAL E ECONÓMICO NO SEIO DA SOCIEDADE LOCAL. ERAM PROPRIETÁRIOS DE PARTE IMPORTANTE DA FREGUESIA.
OS RANCHOS
OS RANCHOS SURGIRAM EM 18-02-1980. OS IMPULSIONADORES E ENCENADORES DO GRUPO FORAM: JOÃO PALHINHA E ZITA CANHOTO. ACTUALMENTE ESTE GRUPO JÁ NÃO EXISTE DEVIDO A PROBLEMAS PESSOAIS DOS PROPRIOS.